O oráculo é, em caráter de significado etmológico, a resposta dada por uma divindade a uma questão pessoal através de artes divinatórias. Por extensão, o termo oráculo por vezes também designa o intermediário humano consultado, que transmite a resposta e até mesmo, no Mundo Antigo, o local que ganhava reputação por distribuir a sabedoria oracular, onde era notada a presença Divina sempre que chamada, que passava a ser considerado solo sagrado e previamente preparado para tal prática. Todavia, nos dias de hoje, ele é igualmente atribuído a um objeto ou meio pelo qual alguém possa obter respostas para um esclarecimento maior. A isso, o Dr. Urban explica como sendo uma busca por uma compreensão inspirada inicialmente pelo self, ou "si mesmo" no seu próprio inconsciente por meio de arquétipos, de acordo com a teoria junguiana de individuação, teoria esta aplicada em oráculos como o Tarot.
Os oráculos gregos constituem um aspecto fundamental da religião e da cultura grega. O oráculo é a resposta dada por um deus que foi consultado por uma dúvida pessoal, referente geralmente ao futuro. Estes oráculos só podem ser dados por certas divindades, em lugares determinados, por pessoas determinadas e se respeitando rigorosamente os ritos: a manifestação do oráculo se assemelha a um culto. Além disso, interpretar as respostas do deus, que se exprime de diversas maneiras, exige uma iniciação.
Por extensão, o termo oráculo designa tanto a divindade consultada como o intermediário humano que transmite a resposta, e ainda o lugar sagrado onde a resposta é dada. A língua grega distingue estes diferentes sentidos: entre numerosos termos, a resposta divina pode ser designada por - khrêsmós, literalmente o fato de informar. Pode-se também dizer - phátis, o fato de falar. O intérprete da resposta divina é freqüentemente designado por - prophêtê, aquele que fala em lugar (do deus), ou ainda - mántis. Por fim, o lugar do oráculo é - kherêstêrion.
A mancia, isto é, o domínio da adivinhação, não é, no mundo grego antigo, constituído só pelas ciências oraculares. Os adivinhos como Tirésias são considerados personagens mitológicos: a adivinhação, na Grécia, não é assunto de mortais inspirados mas de pessoas que respeitam determinados ritos, embora a tradição tenha podido dar a impressão de tal inspiração, ou, literalmente, - enthousiasmós, entusiasmo, isto é, o fato de ter deus em si.
As civilizações antigas consultavam oráculos para diversas finalidades. Na mitologia escandinava, Odin levou a cabeça do deus Mimir para Asgard para ser consultada como oráculo. Na tradição chinesa, o I Ching foi usado para adivinhação na dinastia Shang, embora seja muito mais antigo e tenha profundo significado filosófico.
Diversos objetos tais como moeda, cartas (tarô), búzios, cristais, pêndulos, bolas de cristal podem ser utilizados como meios de consulta aos oráculos em um sistema de adivinhação.
Qualquer objeto pode dar resposta, afirmativa e ou negativas e também outros tipos de respostas desde que exista um padrão já determinado no sistema. Um ser humano, em geral uma Taróloga, Cartomante, Médium, Sensitiva, Sacerdotisa ou Pitonisa, interpreta as respostas e as estabelece a um elo iniciático compreensivo para seres humanos.
No folclore, por exemplo, joga-se uma moeda para cima como método para se saber se irá ou não chover, e isso pode ser interpetrado como oráculo. O mesmo se aplica ao costume do sertanejo nordestino de utilizar pedras de sal para adivinhar o mês em que virão as chuvas.
Há ainda o costume de obter presságios pelo vôo dos pássaros ou pelas entranhas dos animais, através da borra do café e também pelo movimento da água no mar, lago ou em um rio. Existem inúmeros oráculos conforme a região e a cultura de um Povo.
Fonte: Wikipédia